Semana passada, fui ao Aeroporto de Congonhas, após mais de 10 anos sem passar por lá. Além da alegria em viajar para um lugar novo, bateu uma nostalgia, pois o aeroporto foi, muitas vezes, destino de passeios aos domingos com o meu pai.
Ele adorava nos levar ao terraço panorâmico do primeiro andar do saguão central, para ver o sobe e desce dos aviões e sempre passávamos na Livraria Laselva, de onde eu saia com revistinhas e algumas bonecas de papel. E mostrar o salão de festas, que abrigou festas de casamento e de 15 anos da elite paulistana.
O Aeroporto de Congonhas foi inaugurado em 1936, no então distante distrito do Campo Belo, em uma época em que a cidade contava com 1,2 milhões de habitantes.
O nome Congonhas é uma homenagem ao Visconde de Congonhas do Campo, Lucas Antonio Monteiro de Barros (1832-1851), primeiro governante da Província de São Paulo após a independência do Brasil.
O aeroporto é uma das principais portas de entrada para nossa cidade frenética e foi projetado por Ernani do Val Penteado e Raymond A. Jehlem, em estilo art déco, os mesmos autores dos painéis de mosaico ao lado da escada e no saguão central. O prédio conta ainda com um mural de Di Cavalcanti e Clovis Graciano e, nos dias atuais, ganhou um painel do artista plástico Eduardo Kobra @kobrastreetart, que retrata a antiga fachada do aeroporto.
A construção foi se ampliando e modernizando ao longo do tempo, mas alguns aspectos permaneceram, como o clássico piso quadriculado em preto e branco e sua fachada, ambos icônicos. Sua construção é tombada pelo Patrimônio Histórico.
Ele foi crescendo de forma frenética, assim como a cidade, chegando a aumentar sua capacidade em 100 vezes entre 1941 a 1952. Atualmente, tem cerca de 225 voos diários, sendo todos nacionais.
Recomendamos uma visita ao Aeroporto de Congonhas, por sua representatividade no crescimento da cidade, por sua beleza arquitetônica e história. E se durante a visita bater aquela fome, o aeroporto conta com restaurantes, cafés, bares, docerias, fast food, além de vários serviços e lojas.
Se for de manhã, nada melhor do que um pão de queijo com café, da @casadopaodequeijo ou um café especial na @starbucksbrasil.
Para almoçar, dá para ir ao Congonhas Grill ou ao @vienarestaurantes e comer aquela cheesecake com calda de goiabada. Caso prefira comer a sobremesa em outro lugar, a opção é na tradicional @brunella_confeitaria. Só para citar algumas opções.
Lembrando que o ponto alto da visita não é a comida, em si, mas apreciar o movimento dos voos e seu estilo arquitetônico, que mistura o clássico com o contemporâneo e reflete a pluralidade da cidade.
Feliz aniversário, Congonhas!
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