Se você procura um destino com muita natureza aliado à boa gastronomia, nem pense duas vezes: Cunha é o lugar certo para você.
Primeiramente a Bel foi no final de agosto e depois a Chris foi em outubro. Então traremos experiências de épocas diferentes e passeios diferentes.
Vamos lá?
1. Como chegar em Cunha
A cidade de Cunha fica localizada no Estado de São Paulo, na divisa com o Rio de Janeiro. Ela fica a cerca de 253 km de SP.
Estradas:
-Opção 1: SP -70 (Ayrton Senna e Carvalho Pinto) + BR-116 (Dutra) + SP-171 (A partir de Guaratinguetá).
-Opção 2: BR-116 (Dutra) + SP-171 (A partir de Guaratinguetá).
A entrada de Cunha fica no km 46 da SP-171. Essa rodovia é um pouco chatinha, é uma via que vai e uma que vem, com bastante curva e praticamente sem sinal de celular durante o percurso todo. Então deixem o Waze configurado e as músicas baixadas. O visual vale a pena!
Nós preferimos ir pela opção 1 pois achamos a Dutra muito movimentada e lotada de caminhões. Demoramos cerca de 3h30.
Carro ou ônibus?
Nós indicamos ir de carro pois vocês vão utilizar muito esse meio de transporte para se deslocar em Cunha, as atrações são bem afastadas. Caso você não tenha carro, recomendamos alugar um.
Caso ainda assim opte por ônibus, a viagem demorará cerca de 4h45 pois é necessário fazer uma baldeação. O ônibus vai do Terminal Tietê até Guaratinguetá e depois você deve pegar um outro ônibus de Guaratinguetá até Cunha. O primeiro trecho varia entre R$50 e R$70 e é feito pela Cometa ou Pássaro Marrom. O segundo trecho custa por volta de R$16 e é realizado pela São José.
2. Onde se hospedar em Cunha
Nós optamos pela Pousada Candeias, um sítio de 8 alqueires, rodeado por um bosque de Araucárias, Candeias, Pinnus e por uma reserva de Mata Atlântica. A pousada foi inaugurada em 2003 pelo casal de proprietários Antonio e Kika Turci, bem prestativos e simpáticos.
A pousada fica na Estância Climática de Cunha, no bairro de Aparição e seu acesso é pela Estrada Real e depois por uma pequena estrada de terra, que leva cerca de 4 minutos para ser percorrida. A localização da Pousada Candeias é excelente pois a maioria das atrações de Cunha fica na Estrada Real e a Pousada Candeias fica "no meio" das atrações. Para o lado esquerdo está o Contemplário e para o lado direito o Lavandário, Fazenda Aracatu, Café Moara e os ateliês de cerâmica.
A entrada na Candeias é íngreme, vocês devem seguir o caminho de paralelepípedo até a recepção.
Nós duas ficamos em chalés diferentes na Candeias: a Bel ficou no Chalé Superior Angelina (R$580/diária para duas pessoas) e a Chris no Chalé Standard Manacá (R$530/diária).
Chalé Superior Angelina
Ambos os chalés rústicos contam com um ótimo espaço, uma cama queen size, tv LCD 32', dvd, frigobar, lareira, dois ambientes (sala e quarto), varanda ou deck com redes e secador de cabelo. A única coisa que não era boa no quarto era o chuveiro, bem fraquinho e ainda tomamos banho gelado no primeiro dia, até aprender que o aquecimento a gás demora bastante para aquecer. As instruções sobre a utilização do chuveiro estão em um papel no quarto (lemos só depois).
A Pousada oferece jantar, pago à parte, com sopas ou massas e um café da manhã caseiro incluso na diária. Recomendamos pedir o suco de amora, uma delícia.
Contato:
Outras opções de pousadas disponíveis das quais ouvimos falar, porém que não conhecemos pessoalmente:
-Recanto Roça Grande
-Pousada Recanto dos Pássaros
-Pousada Campestre
-Pousada Colar de Ouro
-Pousada Cheiro da Terra
-Restaurante e Pousada São Miguel
-Pousada Sotaque Mineiro
-Hotel Fazenda São Francisco
-Pousada Vale dos Sonhos
-Hotel do Parque
-Estalagem Shambala
-Vinícola Vale do Vinho
Sugerimos olharem a localização. Como a maioria das atrações de Cunha está na Estrada Real, prefira uma pousada que também esteja. Nós evitaríamos escolher uma pousada que fique na própria cidade de Cunha pois ela oferece menos atrações, exceto pelos ateliês de cerâmica, além dos restaurantes mais gostosos estarem ao longo da estrada.
3. Melhor época para ir
Eu, Bel, fui para Cunha em setembro e a Chris em outubro, ambas pegaram tempo fechado e chuva.
Dizem que a melhor época para visitar Cunha e aproveitar o clima frio e serrano é no outono e inverno, entre abril e outubro. Como nós pegamos chuva em setembro e outubro, recomendamos que vocês marquem a viagem entre abril em julho. Porém, levem em consideração que essa época é de alta temporada.
Durante a temporada do verão, nos meses de novembro a março, pratica-se muito ecoturismo, são meses perfeitos para visitar as cachoeiras e fazer as trilhas na cidade.
Vale destacar também que Cunha durante os feriados costuma ser mais cheia e é quando os ateliês de cerâmica abrem os fornos.
4. Quantos dias ficar
Consideramos que 4 dias é um tempo ótimo para ficar em Cunha. Caso você queira fazer mais trilhas e visitar mais cachoeiras, pode estender a sua estadia.
Faremos um post mais para frente com um roteiro do que fazer em cada dia.
5. O que fazer em Cunha?
Cunha tem inúmeras atrações super interessantes, que servem para os amantes da natureza, para os amantes de cerâmicas, para quem quer apenas curtir uma boa gastronomia.
Separamos aqui alguns passeios que fizemos e outras dicas.
I. Lavandário
O lavandário é parada obrigatória para quem for à Cunha. Ele fica em um terreno a 1200 metros de altitude, com vista para o incrível mar de morros.
São mais de 40 mil pés de diferentes espécies de lavanda, além de alguns pés de alecrim e gerânio que estão sendo testados.
Qualquer época do ano que você for, será possível ver os pés de lavanda floridos pois o Lavandário utiliza um sistema de plantio e poda rotativo. Porém, a primavera é quando as flores estarão mais abertas.
Ao chegar, você estaciona o seu carro e já tem a bilheteria. Depois disso pode escolher subir de carro (estacionar no estacionamento superior, ideal para quem precisa de acessibilidade) ou estacionar no estacionamento inferior e então subir pelas escadas, a pé. A subida é bem íngreme, mas é relativamente rápida.
Apesar da plantação de lavanda ser bem grande, ela é praticamente toda fechada (para garantir a sua conservação), o que torna mais difícil de sentir o perfume da lavanda. Tem um local com pés de lavanda sem cerca, ideal para sentir o perfume e tirar fotos mais de perto.
Lá tem uma lojinha com produtos com lavanda, óleos essenciais e até difusor (não recomendo comprar aqui, o difusor estava extremamente caro e é de um material que se corrói com o uso dos óleos). Tem também um café com comidas com lavanda como sorvete, cupcakes, chás… nós tomamos um chá gelado de hibisco com lavanda, gostamos!
Endereço: Estrada SP171 (Guaratinguetá-Paraty), km 54,7. Fica a 8 km do centro de Cunha, ao lado esquerdo em direção à Paraty.
Horário de funcionamento: sexta a domingo e feriados. Das 10h até o pôr-do-sol. É possível entrar no local até 16h30.
Ingresso: R$15 (inteira); R$7 (meia. Para maiores que 60); gratuito para crianças até 12 anos.
É Pet Friendly
II. Contemplário
Outra parada que consideramos obrigatória é o Contemplário, e tem até algumas pessoas que o preferem em relação ao Lavandário.
O Contemplário é bem menos turístico e mais vazio. A plantação de lavanda não é cercada, mas eles pedem que a gente permaneça nos caminhos construídos, para não pisarmos na plantação
O lado direito da plantação estava mais seco e com menos pés de lavanda, mas o lado esquerdo estava repleto de lavandas. Como ficamos bem perto das plantas, aqui é possível sim sentir o perfume delicioso!
Tem um deck de madeira no centro super gostoso para relaxar, meditar, contemplar, adoramos! E além disso, há algumas mesas mais ao longo da plantação, para fazer piquenique!
Endereço: km 61,5 da Rodovia Vice Pref. Salvador Pacetti, no bairro de Taboão. Fica próximo à Pousada Candeias.
Horário de funcionamento: de quinta a segunda, das 10h às 18h.
Ingresso: entrada gratuita
É Pet Friendly
Contemplário ou Lavandário?
Os dois. O Contemplário tem uma atmosfera mais agradável, da pra sentir o perfume das lavandas e de fato é para contemplar e aproveitar; o Lavandário tem uma vista mais bonita por conta da Serra da Bocaina ao fundo, mas é mais cheio e não dá para sentir o perfume das lavandas! Recomendamos visitar os 2!
Dica: dizem que de manhã e em dias de tempo aberto, as lavandas estão mais roxinhas.
III. Pedra da Macela
Um dos passeios queridinhos da região, a Pedra da Macela tem 1840 metros de altitude, dando para avistar (em dias 100% limpos), Paraty, Angra dos Reis e Ilha Grande, além do mar de morros. Ela fica dentro do Parque Nacional da Serra da Bocaina e seu topo já está localizado no Estado do Rio de Janeiro.
Para chegar até o início da trilha, há uma estrada de terra de cerca de 4km, que estava bem ruim quando fomos, cheia de pedras e buracos que batiam no carro. Chegando na trilha, paramos os carros na terra mesmo, perto da guarita do parque porque o estacionamento (que também parece ser na terra) estava cheio de caminhões de construção. Da guarita até o início da trilha são menos de 300 metros.
A trilha não precisa de agendamento e nem de guia, você pode chegar a qualquer momento e subir sozinho. Ela tem 2,3 km e ainda é asfaltada, mas não se engane, ela é BEM puxada. O caminho inteiro é íngreme, como se fossem várias subidas do bairro de Perdizes (em São Paulo) o tempo inteiro. A média que as pessoas sobem a trilha é de 50 minutos, nós subimos em 1h10 pois fomos bem devagar e também porque passando dos 1,5 kms, tinha uma parte sem asfalto e com muita lama (tinha chovido durante a noite), escorregava demais. Porém, descemos facilmente em 33 minutos.
Nós fomos (conscientemente) em um dia nublado, sabíamos que não ia dar para ver a famosa vista, mas queríamos fazer a trilha. Mesmo com várias nuvens, valeu a pena o passeio, o mar de morros é super bonito e chegando lá em cima, parece que estamos no céu.
A Chris foi com chuva (......)
Tome cuidado com animais peçonhentos durante a trilha pois o parque não conta com equipe de resgate e nem com sinal de celular (só a Tim pegou no topo da pedra). Nós não avistamos nenhum animal desse tipo, mas é sempre bom prestar atenção.
Outras dicas: leve água (é essencial), leve comida (nós não comemos no topo, mas sentimos falta), vá de bexiga vazia, pois não tem banheiro na trilha.
Entrada: Gratuita
É Pet Friendly
Estacionamento gratuito
Dica: na entrada da estrada de terra que leva à Trilha, tem o La Taverne Bistro, restaurante maravilhoso. No caminho também tem a Cervejaria Wolkenburg.
IV. Canto das Cachoeiras
O Canto das Cachoeiras é uma propriedade privada em Cunha, aberta à visitação desde 2019, com a proposta de ser um espaço de preservação da Mata Atlântica e de contato com a natureza, de forma acessível e com estrutura de apoio. Lá tem diversas micro trilhas para fazer, todas bem fáceis e curtas.
Nós fizemos as trilhas: da maritaca, dos xaxins, da nascente e do eucalipto, todas curtinhas e bem rápidas. Faltou apenas a trilha Berro D’Água que tem 2h de duração e precisa de agendamento prévio
Há um quiosque perto da cachoeira em que vocês podem aproveitar o barulho da água, a paisagem e tomar uma cerveja!
Entrada: R$15 (Nós pagamos “taxa de chuva”, pois estava chovendo, R$10 para entrar)
Endereço: Estrada Municipal do Paraibuna, km 2,5 do Sítio
Horário de funcionamento: todos os dias, das 9h às 17h.
É Pet Friendly
Estacionamento gratuito
V. Parque Estadual da Serra do Mar
O Parque Estadual da Serra do Mar tem 332.000 hectares, envolvendo 25 municípios paulistas, representa a maior porção contínua preservada de Mata Atlântica no Brasil.
O Núcleo Cunha do Parque fica a mais de 1.000 metros de altitude e tem relevo acidentado, que favorece a formação de cachoeiras, especialmente nos rios Bonito, Ipiranga e Paraibuna. O visitante pode escolher entre 10 trilhas, bem diversas e com vários níveis de dificuldade.
O acesso até a entrada do Parque dá-se por 20 km em estrada de terra, acidentada. Em dias mais chuvosos, o percurso de carro já é um desafio.
Optamos pela Trilha das Onças, autoguiada, devido ao horário e mau tempo. Caminhamos por 1,7 km, passando pelas margens do rio Paraibuna, em que pequenas quedas d’água e corredeiras se formam. O estado de conservação da Mata Atlântica é incrível. A intenção era fazer a Trilha das Cachoeiras, com 14 km através de uma estrada antiga desativada, às margens do rio Paraibuna, mas é preciso chegar ao Parque até, no máximo, 9 horas para fazê-la. Ou, se preferir, reservar antecipadamente.
Além dessas trilhas, é possível fazer também:
-Trilha do Rio Paraibuna: trilha autoguiada, com 1,7 km. O caminho é circular e passa por 3 cachoeiras.
-Trilha do Rio Bonito: são 7,6 km de extensão e contemplação para a Cachoeira da Laje. Precisa de guia.
-Trilha de Arapongas: excelente para um passeio de Mountain Bike. Possui 12,4 km de extensão totais, ida e volta.
-Caminho das vivências: percurso de 50m, feito de olhos vendados e pés descalços, é uma experiência sensorial.
Endereço: Estrada Municipal do Bairro do Paraibuna, km 20
Horário de funcionamento: quarta a domingo, das 8h às 17h.
Telefone: 12 3111-1818
Celular: 12-31112-353
Valor: R$16,00 para brasileiros; estudantes, professores e aposentados pagam meia entrada.
VI. Fruto da Serra
No caminho de retorno à São Paulo, paramos no @frutodaserrashiitake, onde o Milton de Andrade cultiva os cogumelos shitake que serve no bistrô local. Como era ainda de manhã, não provamos a culinária do bistrô, mas compramos 2 pacotes de shitakes sensacionais, prontos para o consumo.
O local de cultivo de shitake está aberto à visitação e é o próprio Milton que guia os visitantes e explica como faz, com tanto conhecimento e dedicação, a mágica acontecer. Foi incrível conhecer todo o processo de cultivo dos shitakes, que são fonte de vitaminas B, C, D e dos minerais potássio, fósforo, cálcio, magnésio, ferro e cobre.
Endereço: Estrada da Catioca, km 01 (é uma entrada da Rod. Salvador Pacetti, km 50,2)
Horário de funcionamento: sexta a domingo, das 10h às 17h
Visitação: R$20 por pessoa
VII. Ateliês de Cerâmica
Cunha é conhecida como um importante pólo de arte cerâmica do Brasil e da América do Sul e, no site da prefeitura, constam 21 ateliês, tanto dedicados à produção de peças artísticas quanto de utilitárias.
Visitamos alguns ateliês, principalmente na rua Gerônimo Mariano Leite, onde podemos encontrar uma série deles.
O Atelier Suenaga e Jardineiro (R. Dr. Paulo Jarbas da Silva, 150), dos ceramistas Kimiko Suenaga e Gilberto Jardineiro, já chama a atenção pelo tamanho e por sua disposição em níveis. Oferecem muitas opções de peças, de todos os tipos. Eles contam com um Forno Noborigama, pré-industrial utilizado no Extremo Oriente e considerado um dos mais eficientes, podendo chegar a 1.400ºC.
Carvalho Cerâmica (R. Gerônimo Mariano Leite, 190), do José Carlos Carvalho, tem peças utilitárias e decorativas com relevos exclusivos que tornam cada peça única.
Na Casa do Oleiro (R. Gerônimo Mariano Leite, 260) de Maurício Flausino, foram principalmente os diversos pratos coloridos com desenhos inspirados na arte moura das mesquitas árabes, chamaram nossa atenção.
Na cidade, além de uma fotografia da igreja matriz, Nossa Senhora da Conceição de Cunha, cuja construção em taipa de pilão se iniciou em 1730, visitamos a Casa do Artesão (R. José Arantes Filho, 27), onde é possível conhecer outros tipos de artesanato local: joias, pinturas, tecelagem, madeira, alimentos. As vendedoras de lá nos recomendaram a Doceria da Cidinha (Praça Conêgo Siqueira, 129), na rua lateral à igreja matriz. Mas vamos conhecê-la na próxima visita à Cunha.
VIII. O Olival
Próximo à Pousada Candeias, o Olival é um complexo que conta com campos de oliveiras e restaurante. São mais de 1300 pés de oliveiras distribuídos em 4,2 alqueires, cercados pela Serra do Mar. A propriedade conta também com hortas e estufas.
É possível visitar e ainda almoçar ou jantar (nós jantamos por lá). Ou, se preferir, fazer a visita guiada pela plantação.
A visita guiada é para aqueles que desejam aprender mais sobre condições de cultivo, características da planta, manejo e todo processo produtivo agrícola e seus respectivos impactos na qualidade do azeite. A duração é de 40 minutos e custa R$25.
Há também a opção da experiência "Análise Sensorial de Azeites" para aprender a reconhecer os diferentes azeites a partir dos seus sentidos. A duração é de 1h30 e custa R$25.
Nós jantamos em um domingo lá, uma pizza com massa fininha e super gostosa. Aproveitamos também para conhecer a lojinha que fica dentro do restaurante e comprar o delicioso (e super benéfico) chá de oliveira.
Entrada gratuita
Tour guiados pagos à parte
Endereço: Sítio São Jorge, Rodovia Cunh-Paraty, km 58,3.
Horário de funcionamento: todos os dias, das 11h às 17h (Agroturismo); todos os dias das 12h às 16h (Almoço); de sexta a domingo, das 19h às 21h (Jantar)
IX. Igrejas
Nós não visitamos nenhuma Igreja, mas caso seja do seu interesse, tem algumas em Cunha.
A. Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição
A mais conhecida da cidade, fica bem no centro de Cunha, próxima a restaurantes e ao mercado. Ela foi construída em 1730 como Capela e ao longo dos anos foi sendo ampliada. Seu estilo é o barroco.
Endereço: Praça Cônego Siqueira, centro de Cunha.
B. Igreja do Rosário e São Benedito
Essa Igreja foi construída em 1793, para os escravos da região frequentarem rituais religiosos.
Endereço: Largo do Rosário, Rua Dr. Casimiro Rocha
C. Capela de São José da Boa Vista
Fundada em 1724, oferece uma vista incrível para a cidade de Cunha e para as montanhas. Ela era originalmente o ponto onde ocorria o pouso das tropas de exploradores que vinham de Paraty.
Endereço: km 53,5 da Estrada Cunha Paraty.
X. Cachoeiras
Devido ao frio e à chuva, não conhecemos nenhuma dessas cachoeiras. Porém, se o tempo colaborar com a viagem de vocês, elas são ótimas opções para incluir no roteiro.
A. Cachoeira do Pimenta
A Cachoeira do Pimenta é herança de uma antiga hidrelétrica que atendia a região de Cunha. Ela tem algumas quedas que podem ser vistas em uma trilha de dificuldade média e uma piscina natural em sua base, aberta para mergulho.
A estrutura conta com banheiro, lanchonete, deck de observação e até o Museu de Energia.
Endereço: Estrada do Monjolo (cerca de 10 km), com subidas e descidas íngremes e apenas algumas partes asfaltadas.
B. Cachoeira do Desterro
Essa cachoeira fica dentro de uma propriedade particular, mas a sua visitação é gratuita.
Ela tem 12 m de altura e 2 quedas d'água. Pode ser visitada no mesmo dia que a Cachoeira do Pimenta pois elas estão a 10 minutos de distância. Há uma trilha até a cachoeira, sendo possível observá-la de vários ângulos diferentes.
O local não conta com estrutura turística como a Cachoeira do Pimenta, porém costuma ter menos movimento.
Endereço: Estrada do Monjolo
C. Cachoeira do Mato Limpo
A queda d'água é de 15 m de altura e não é considerada tão boa para o banho. Geralmente os visitantes param apenas para tirar fotos e fazer uma breve contemplação.
Endereço: km 67 da Estrada Cunha-Paraty.
Dá para combinar com a Pedra da Macela, estão a 8 km de distância.
6. Onde comer em Cunha
Uma das melhores atividades para se fazer em cunha é: comer. A gastronomia da região é maravilhosa e os restaurantes deliciosos. Ouso dizer que Cunha foi o destino com os melhores restaurantes que eu já comi no Brasil!
A maioria dos restaurantes da região conta com um cardápio enxuto, mas de altíssima qualidade! É muito comum encontrar pratos com truta, cogumelos e abóbora pelos cardápios, e praticamente impossível encontrar pratos com frango (nós não vimos).
A. Carcará
Pertinho da Pousada Candeias, o Carcará fica no alto de um morrinho, parece casa de sítio. Para entrar, é necessário abrir a porteira da propriedade e subir de carro até a casa.
O ambiente conta com poucas mesas (cerca de 5), uma decoração super fofa, animais brincando no lado de fora e álcool gel e porta máscaras na mesa. O Chefe Marcelo e sua esposa Aline são super receptivos e gostam de conversar.
Nós pedimos: truta grelhada com molho de creme de lelite fresco e
limão siciliano servido com brócolis refogado (R$74); talharins caseiro com molho rústico de tomate refogado no alho e toucinho defumado com burrata
cremosa e pesto de manjericão(R$69 /
tem opção vegetariana) e uma salada. Todos os pratos estavam deliciosos, principalmente a burrata (feita pelo chefe Vito, dono do Il Pumo, restaurante sobre o qual falaremos mais para frente).
Você não pode deixar de ir a esse restaurante durante a sua visita à Cunha.
Endereço: Estrada Real 171, km 58,5. Tem um pequeno trecho de estrada de terra até o restaurante. Só avistar a casinha azul no alto do morro ao lado direito.
Horário de funcionamento: sexta a domingo, das 12h30 às 15h30.
Não é pet friendly
B. La Taverne Bistrô
Outro restaurante que não pode sair da sua listinha para visitar é o La Taverne Bistrô, próximo à Pedra da Macela.
O restaurante fica em uma espécie de chalézinho, bem arejado, com uma decoração montanhosa com objetos como troncos de árvores, e conta com poucas mesas. O atendimento é um pouco mais devagar, mas foi simpático.
A especialidade de lá são os cogumelos, e o cardápio muda sempre.
Pedimos o combinadinho de pão de fermentação natural, patê de shimeji e antepasto de shitake com figo (R$55); Ravióli Sorrentino, massa artesanal recheada com queijo serrano e polenta, ao ragu de shitake com Malbec (R$79); e Penne Atrevido, massa artesanal de lemon pepper com shimeji preto e camarão e molho bisque (R$89). Quando a Chris foi, ela pediu truta com molho de amêndoas, cogumelos e limão, acompanhado de arroz vermelho.
Tudo estava excelente, com destaque para a entrada, patê e vinagrete muito bons.
Endereço: Rodovia Vice Pref. Salvador Pacetti, 3877
Horário de funcionamento: sexta e domingo das 12h às 16h; sábado das 12h às 17h.
É pet friendly
C. Il Pumo
Esse restaurante fica na cidade de Cunha, perto da Matriz.
O espaço é muito interessante, é um antiquário que conta com 2 restaurantes: o Il Pumo e a Cervejaria Reale. É possível mesclar os pedidos entre Il Pumo e Reale.
Nós pedimos: Tagliatelle del Trullo, shitake e shimeji salteados na manteiga com linguiça artesanal e toque de azeite trufado (R$56); e risoto Della Montagna, servido com shitake e shimeji orgânico, finalizado com manteiga e azeite de trufas brancas (R$64). Os pratos estavam deliciosos.
O hidromel de amora foi o melhor hidromel que já tomamos (e olha que já experimentamos vários hein). Ahh, e o dono, Vito, é verdadeiramente italiano e famoso pelas suas burratas.
Endereço: Praça coronel João, Praça Cel. José Olímpio, 9
Horário de funcionamento: segunda, quarta e quinta, das 11h30 às 22h; sexta e sábado, das 11h30 às 23h; domingo, das 11h30 às 21h30.
D. Fazenda Aracatu
A Fazenda Aracatu, especializada em produtos feitos com leite da vaca Jersey, engloba sorveteria, empório, queijaria, cafeteria e antiquário. O ambiente é bem de Fazenda e conta até com um fogão à lenha que nos esquentou no frio.
Nós degustamos queijos e tomamos um sorvete, feito com leite de vaca Jersey, muito gostoso. Destaque para o sorvete de doce de leite. O preço é calculado por peso.
Nós compramos queijos para comer na pousada, super leves e saborosos.
A vaca Jersey é tão especial, pois tem mais de 20% de teor de proteína, mais de 15% de cálcio, mais gordura, mais vitamina A, mais riboflavina e mais vitamina B12.
No verão acontece o festival especial de sorvetes, com mais de 15 sabores diferentes.
Endereço: Rodovia SP-171, Km 56.
Horário de funcionamento: segunda a sexta das 9h às 17h; sábado e domingo das 9h às 18h.
Aceita apenas cartão de débito
E. Moara Café
Em um espaço peculiar, com móveis antigos, turbina de avião, celulares antigos expostos, fica o Moara Café. É um ótimo lugar para comprar produtos para levar para casa (mel, café, chás, biscoitos, doce de leite, goiabada, cachaças etc) e também para um café.
Nós provamos o pão de queijo e o café, super gostosos.
Dica: à tarde ele fica lotado, então vá tomar um café da manhã. Ah e se você ficar na Pousada Candeias, o cafezinho do Moara é por conta da pousada.